sexta-feira, 16 de julho de 2010

Loro - Um Papagaio de Personalidade



Hoje, doze de Julho do ano de Dois Mil e Dez faleceu meu querido "Loro", Tinha aproximadamente 30 anos, dono de uma personalidade fora de sério, odiava ser contrariado.


Quando chegou à família era apenas um bebe. Meus avós cuidaram dele até a maioridade. Eu digo "ele" porque, na verdade, ele nunca gostou de homem (entendemos então, que se tratava de um macho). Meu pai, ele simplesmente tinha ódio mortal. Passou a vida toda tentando bica-lo, só não conseguiu porque sempre tinha alguém para avisar o "distraído" que Lorinho se aproximava sorrateiramente...

Na hora das refeições era "Um Deus nos Acuda", Loro queria ser sempre servido primeiro, e se por algum motivo isso não acontecesse, ele jogava seu comedouro e o bebedouro no chão, derrubando tudo que tivesse dentro, uma bagunça... Ah!!! E também tinha que estar na temperatura e consistência exata. Um verdadeiro Sultão...

Conhecia e repetia o nome da família inteira. Era sempre: "Alessandra vem cá", "Scoob vem cá", "Matheus vem cá", (...)... E as músicas. Era sempre: "Fuscão pretoooo, lá, lá, lá, laaaá..." só sabia isso, nada mais. Não podia-mos alterar a voz que ele já reclamava gritando, odiava que falasse-mos alto. Adorava um cafuné, ficava todo pomposo!

É por ele ter sido exatamente deste jeitinho que o amava-mos e fazia-mos todas as suas vontades.

Loro, você foi único e insubstituível... Amamos você.



Alessandra Pena





sábado, 3 de julho de 2010

Seguir é Preciso



A momentos na vida que a unica saída é seguir...
Seguir a diante sem olhar para trás. 
Esquecer tudo que passou, dar um novo rumo, por mais que seja difícil esquecer (quase sempre impossível).
Marcas tão profundas, que nem por toda uma vida será apagada. 
Fazer o que? Lamentar. A muito deixou de ser uma saída. Mas, então? Esquecer é impossível, essas marcas nunca se apagam, por mais que a ferida aparentemente "desapareça",  quando você, por algum motivo "esbarrar" no lugar, pelo menos, um sinal  aparecerá e você verá que "ela" esta lá, sempre esteve. Então, você verá que nada mudou, apenas ocultamos por um breve momento.
 Seguir a vida é a unica escolha digna a fazer. 
Uns dizem que é covardia, eu prefiro dizer que é a escolha que fiz para evitar mais sofrimentos desnecessários. 
Existem certos "segredos" que é bom deixa-los onde estão: guardados. 
Quem sabe um dia a cicatriz não incomode tanto. 
Seguir é preciso...


Alessandra Pena